Mapa de risco hospitalar: entenda como fazer
Todo gestor da saúde preza pelo bem-estar e segurança dos seus funcionários e pacientes. Pensando nisso, criar um plano de ações através de um mapa de risco hospitalar e minimizar as chances de acidentes dentro do estabelecimento de trabalho é uma excelente estratégia.
O mapa é uma ferramenta que ajuda você a manter o funcionamento das atividades livre de complicações através de uma representação gráfica dos potenciais riscos da instituição.
Quer saber como funciona esse sistema e como elaborá-lo? Então confira todos os detalhes acompanhando a leitura. Vamos lá?
Qual a finalidade do mapa de risco hospitalar?
O mapa de risco hospitalar é um instrumento gráfico, didático e transparente que auxilia no reconhecimento dos riscos existentes para a saúde no local de trabalho.
Mediante a identificação de pontos de vulnerabilidade e potenciais situações de perigo, o mapa proporciona soluções práticas que visam controlar e eliminar riscos.
A adoção desta estratégia beneficia tanto os trabalhadores, conscientizando-os sobre a importância da proteção da vida, saúde e da capacidade profissional, quanto seus empregadores, uma vez que um local mais seguro pode promover a redução do absenteísmo e o aumento da produtividade da equipe.
É importante ressaltar que a implementação do mapa é obrigatória conforme a Portaria nº 05, de 17 de agosto de 1992, do Ministério do Trabalho e Emprego.
Todas empresas, hospitais e demais instituições cujo grau de risco e número de funcionários demandem a constituição de uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) devem elaborar o documento.
Após a criação do mapa de risco hospitalar, é possível planejar ações, treinamentos e estratégias específicas para colaborar com a segurança dos profissionais .
Como elaborar o mapa de risco hospitalar?
O planejamento e estudo sobre o ambiente do hospital é um dos pontos chave para sua elaboração. Por isso, antes de tudo a planta do local com todos detalhes sobre a área é avaliada.
Feito isso, é feita a análise de dados estatísticos com o intuito de identificar perigos e determinar o grau dos riscos.
Para tudo isso, é essencial que o gestor do hospital siga as etapas de elaboração do mapa conforme estabelecidas pela Portaria Federal nº 25/1994. Confira o passo a passo completo para elaboração do mapa de risco hospitalar:
Análise do ambiente hospitalar
Como citado acima, o primeiro passo é o reconhecimento da estrutura. São avaliadas as salas de atendimento, de exames e cirurgias, os leitos dos pacientes, os equipamentos e máquinas hospitalares em geral, o local destinado ao armazenamento de insumos, instrumentos e materiais de trabalho, entre outros
Entre os elementos analisados, também estão as informações sobre os trabalhadores que compõem o corpo clínico, como: quantidade, sexo, idade, atividade exercida, formação acadêmica e especializações, jornada de trabalho, treinamento profissional e segurança.
Identificação dos riscos ocupacionais
O segundo passo é a identificação dos riscos existentes na instituição de acordo com a classificação de segurança no trabalho estipulada na Portaria nº 25/1994 mencionada acima.
Os riscos podem ser divididos em 5 grupos:
- Físicos;
- Químicos;
- Biológicos;
- Ergonômico;
- Acidentes.
Neste cenário já é possível mapear as áreas onde há possibilidade e/ou intensidade de riscos.
Criação de medidas preventivas
Chegamos ao terceiro passo. Nele, são desenvolvidas possíveis medidas preventivas para implementação no hospital.
Entre elas estão as estratégias previstas na Portaria nº 25:
- Medidas de proteção coletiva;
- Medidas de organização do trabalho;
- Medidas de proteção individual;
- Medidas de higiene e conforto: banheiro, lavatórios, vestiários, armários, bebedouro, refeitório, área de lazer.
Identificação dos indicadores de saúde já existentes
Nesta etapa, é feita uma análise do histórico de casos e eventuais problemas em função do ambiente de trabalho inadequado. Avalia-se as seguintes questões
- Queixas mais frequentes entre os trabalhadores;
- Acidentes de trabalho ocorridos e suas naturezas;
- Doenças caráter ocupacional diagnosticadas;
- Causas que levam à ausência no trabalho;
- Análise das possíveis causas de absenteísmo.
Desenvolvimento da representação gráfica do mapa
Na fase final, é hora de elaborar o mapa de risco hospitalar, pensando em informar com clareza, as informações referentes ao tipo e grau de risco existentes na instituição
Para isso, utiliza-se círculos com cores distintas que servem para sinalizar cada grau de risco e tornar o processo de entendimento e identificação mais fácil para os funcionários.
O mapa deve conter: número de funcionários no ambiente; especificação do agente que provoca os riscos (ex: substâncias químicas, agentes biológicos); intensidade do risco representada por tamanhos proporcionalmente distintos do círculo (levando em conta a opinião e a concepção dos funcionários).
Benefícios do mapa de risco hospitalar
A principal vantagem da elaboração do mapa, sem dúvidas, é a possibilidade de minimizar os acidentes no ambiente de trabalho.
Através dele, gestores da saúde garantem a segurança dos seus funcionários e pacientes, melhorando a qualidade do ambiente, estimulando a produtividade dos colaboradores e consequentemente, otimizando a imagem do hospital no mercado.
Gostou do nosso conteúdo sobre mapa de risco hospitalar? Então continue acessando nosso blog e acompanhe dicas mais sobre gestão, além de conferir notícias sobre tecnologia e telerradiologia.
Até a próxima leitura!
Deixe um comentário
O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *
0 Comentários