Ressonância Magnética Cardíaca: quando é indicada?

A ressonância magnética cardíaca desempenha um papel fundamental na avaliação da anatomia e funções cardíaca e vascular.

Neste artigo, vamos explorar em detalhes o que essa técnica é capaz de detectar, quando é indicado e como é realizada. Além disso, iremos abordar as vantagens do uso da telerradiologia na emissão de laudos desse exame a distância. Boa leitura!

O que a Ressonância Magnética Cardíaca detecta?

A ressonância magnética cardíaca é um exame indolor, rápido, não invasivo e seguro que fornece informações precisas sobre a anatomia e função do coração e das válvulas cardíacas.

Esse exame desempenha um papel fundamental no diagnóstico de diversas condições cardíacas, incluindo:

• Cardiopatias congênitas;
• Cardiopatia isquêmica;
• Cardiomiopatias não isquêmicas;
• Doenças do pericárdio;
• Doenças vasculares. 

Algumas patologias que podem ser detectadas por meio desse exame incluem:

• Amiloidose cardíaca;
• Aneurisma;
• Aterosclerose;
• Cardiomiopatias;
• Derrame pericárdico;
• Displasia arritmogênica do ventrículo direito (DAVD);
• Doença cardíaca congênita;
• Doença das válvulas cardíacas;
• Doença de Chagas;
• Endomiocardiofibrose;
• Infarto do miocárdio;
• Insuficiência cardíaca;
• Isquemia miocárdica;
• Hemossiderose;
• Miocárdio não compactado;
• Miocardiopatia hipertrófica (CMH);
• Miocardiopatia dilatada.
• Miocardite;
• Pericardite constritiva;
• Sarcoidose cardíaca;
• Tumores.

O uso do realce tardio neste exame é uma técnica de imagem valiosa que permite a avaliação detalhada do tecido cardíaco, com foco na detecção de áreas de fibrose ou cicatrização no músculo cardíaco.

Essa técnica é particularmente útil no diagnóstico e na avaliação de diversas condições cardíacas, permitindo uma classificação amplamente dividida em dois grupos principais:

• Isquêmicas: relacionadas a doença arterial coronariana (DAC);
• Não isquêmicas: miocardiopatias que não envolvem necessariamente a obstrução coronariana.

Quando a Ressonância Magnética Cardíaca é indicada?

A ressonância magnética cardíaca é recomendada em uma variedade de situações clínicas, desempenhando um papel crucial em diversos cenários:

• Auxilia na escolha do tratamento de doenças cardiovasculares;
• Avalia a função das câmaras cardíacas, válvulas cardíacas e fluxo sanguíneo;
• Analisa a anatomia e o funcionamento cardíaco, bem como a saúde dos vasos sanguíneos;
• Contribui para o planejamento pré-operatório e no acompanhamento pós-operatório;
• Detecta uma variedade de distúrbios cardiovasculares e miocardiopatias, incluindo infecções, inflamações, tumores, entre outros;
• Identificação de fibroses;
• Monitora a progressão de distúrbios cardíacos ao longo do tempo;
• Realiza diagnóstico e monitoramento de pacientes com doença arterial coronariana (DAC).

Todas essas indicações fazem deste exame uma ferramenta versátil e inestimável no campo da cardiologia, fornecendo informações precisas e detalhadas que orientam os médicos na tomada de decisões clínicas baseadas em evidências sólidas.

Como é feito o exame?

No exame de ressonância magnética cardíaca, o paciente é colocado inicialmente deitado de barriga para cima em uma maca, que é então movida para dentro do aparelho de ressonância magnética.

Durante o procedimento, é crucial que o paciente permaneça imóvel e prenda a respiração por alguns segundos, a fim de garantir a qualidade das imagens capturadas.

Quando o exame é realizado para detectar isquemia, pode ser necessário induzir estresse no paciente por meio do uso de um medicamento chamado dipiridamol, que aumenta os batimentos cardíacos. 

Por outro lado, em situações de suspeita de infarto, pode ser necessário o uso de contraste, uma substância que aprimora a visualização de certas partes do coração. Nesse cenário, um profissional treinado aplicará o contraste intravenosamente.

Para monitorar os batimentos cardíacos durante a ressonância magnética cardíaca, eletrodos são colados no tórax do paciente, e esses adesivos são conectados ao aparelho por fios.

Quanto tempo leva uma Ressonância Magnética Cardíaca?

O exame geralmente leva de 30 a 60 minutos para ser concluído. Esse período abrange desde o momento em que o paciente é posicionado no aparelho até a administração do contraste, se necessário, e a obtenção das imagens.

O contraste utilizado na ressonância é seguro?

O contraste utilizado na ressonância magnética cardíaca é o gadolínio, e é considerado bastante seguro.

Em comparação com os contrastes utilizados em exames de tomografia cardíaca, que contêm iodo, o gadolínio apresenta um menor potencial alérgico.

Quem não pode fazer a Ressonância Magnética Cardíaca?

A ressonância magnética cardíaca pode não ser apropriada para todos os pacientes. Isso inclui aqueles que possuem dispositivos eletrônicos, como clipes de aneurisma cerebral antigos, ou outros tipos de implantes que têm restrições em relação ao exame. 

É importante observar que, atualmente, a maioria dos marcapassos é compatível com a ressonância magnética cardíaca. No entanto, é fundamental confirmar no centro de imagem se é possível realizar o exame caso você tenha:

• Marcapasso;
• Parafusos;
• Placas;
• Stents vasculares;
• Válvulas cerebrais ou cardíacas.

Para as mulheres grávidas ou com suspeita de gravidez, é possível realizar a ressonância magnética cardíaca, mas é essencial informar ao seu médico sobre essa condição.

Como se preparar para realizar a Ressonância Magnética Cardíaca?

Para se preparar adequadamente para realizar o exame de ressonância magnética cardíaca, é importante seguir algumas orientações essenciais:

• Realizar jejum de 4 horas;
• Ingerir água e tomar medicamentos até uma hora antes do procedimento;
• Suspender a ingestão de cafeína, alimentos energéticos, bebida alcoólicas e cigarro 24 que antecedem o exame;
• Interromper o uso de medicamentos antigripais, analgésicos, antialérgicos, bronco-dilatadores e aminofilina 36 horas antes do exame;
• Retirar todos os objetos metálicos antes de entrar na sala do exame;
• Levar exames de coração anteriores;
• Chegar 30 minutos antes do horário marcado.

Telerradiologia como solução para laudos a distância da Ressonância Cardíaca

A emissão de laudos de ressonância magnética cardíaca pode se beneficiar consideravelmente com o apoio da telerradiologia, tornando-se uma solução eficaz, oferecendo diversas vantagens:

• Orientação especializada: A telerradiologia possibilita a emissão de laudos por uma equipe médica subespecializada em cardiologia, o que é fundamental para abordar casos complexos com maior precisão e conhecimento especializado;
• Agilidade e segurança: Com a telerradiologia, a emissão de laudos torna-se mais ágil e segura, proporcionando resultados precisos e resolutivos em um período de tempo reduzido;
• Qualidade de imagem aprimorada: A tecnologia utilizada na telerradiologia permite uma qualidade de imagem superior, o que é fundamental para a análise detalhada da estrutura cardiovascular;
• Experiência médica abrangente: Médicos com vasta experiência em análises completas da estrutura cardiovascular estão disponíveis por meio da telerradiologia, garantindo um diagnóstico confiável e abrangente;
• Atendimento personalizado e disponibilidade: A telerradiologia oferece atendimento personalizado, suporte operacional e técnico, bem como plantão 24 horas, assegurando que os pacientes e médicos tenham acesso às informações necessárias a qualquer momento.

Veja mais – Ressonância magnética cardíaca: 5 benefícios a distância

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